sábado, 4 de outubro de 2014

Um dia na vida de Big John

  1. Cá estou eu novamente no fundo desse meu quintal, a 50 metros exatos da minha casa,,,na solidão de um quarto faço algo que me inspira sempre diante de uma nova "batalha", coloco um tema e ele não é outro senão Roma Total War,,,um tema bélico e maravilhoso que enche minha alma.

    Sinto-me renovar assim como um personagem Dragoon Balls diante da semente dos deuses que o reconforta. Estou quase pronto nessa transformação, assim tem sido ao longo de muitos anos.

    Os acordes se sobrepõem e meu corpo se acha revestido de uma nova roupagem, sou Big John o lendário, um guerreiro tresloucado que mistura versos e poesias na defesa do que entende por justo, belo e natural. Mas o que me proponho é diferente e remonta a origem de tudo,,,não será uma empreita tão qual foram tantas outras, então, mãos a obra.

    Meu cavalo está arfante e estamos parados observando um horizonte próximo, neles habitam aves de rapina de qualidade inferior comandados por magos e bruxos de uma ordem desconhecida, são terras de duelistas e esses pretensos guerreiros se imaginam em condições de enfrentar-me. Mas, na solidão da madrugada acham-se todos embriagados, abandonados aos solo semelhantes aos cães que de fato são.

    Estígios, alcoólatras e ladrões do erário, tudo habitando sob um mesmo teto, claro que esse reino haverá de agradecer-me por livra-los de semelhante casta. São irmãos no poder, um conhecido como Arlonso e outro como Arlex, ambos de uma baixa qualidade moral, do tipo de fazer inveja a qualquer vilão do mundo. São esses os tormentos pelos quais meus serviços foram contratados, cidadãos dessa terra me procuraram, enchendo meus alforges de moedas e rogos. Disposto a ver se além desses mimos haveria algum corpo feminino sobre o qual restelar-me após o embate, marchei incontinente e ressoluto.

    Ouço cães esfomeados latindo diante do arfar ofegante de meu cavalo,,,sinais de fumaça aquecidos que seus pulmões exalam subindo como incenso a celebrar à madrugada. Dou um tapa em seu lombo a revitalizar-lhe as forças e ouço em resposta o seu murmúrio de compreensão, bom amigo, embora já cansado de tantas aventuras.

    Aproximo cauteloso apurando meus ouvidos, sei da fama malvada de Arlonso e Arlex, irmãos hermafroditas que governam à terra, são cruéis e tem a fama de castrar os adversários consumindo as genitálias desses diante do povo, não ouso alertar-lhes, antes surpreender-lhes na própria poça onde estejam largados.

    Desço do cavalo e vou puxando suas rédeas pelos muros fortificados, abandonados de qualquer vigilância, nada além dos cães latindo diante da minha presença, e, como são cães adestrados por guerreiros frágeis, também os cães são medrosos nessa terra, fugindo diante de minha simples presença. 

    Entro nas suas fortificações e rumo para os aposentos superiores,,,muitos corpos estão dispostos pelo chão, homens e mulheres completamente "chapados" mostrando que a orgia da noite superou expectativas, sim, os irmãos hermafroditas fizeram justiça a seu renome festeiro.
     

  2. Subo os lances de degraus e adento no compartimento maior,,,espada em punho, respiração ofegante diante do inusitado.

    O primeiro que avisto é Arlonso, veste um roupão rosa transparente, por baixo pode-se vislumbrar o desenho de uma peça íntima feminina a recobrir-lhe as vergonhas, haja vista não haver outra denominação para aquela visão ridícula,,,logo após, num compartimento contiguo, Arlex está deitado de bruços, sei que é esse famigerado rufião devido à circunferência de sua calota craneana, muito popular entre os povos dos quais se origina. Não ouso conceder clemência e ponho-me em posição de ataque.

    O grito desferido por Arlonso gela a minha alma, um gemido longo, quase uma saudação são-paulina entre divas, -

    _ Aaaahhhhhh, ressoa tonitruante, enquanto suas mãos com vários anéis e pulseiras de lantejoulas sibilantes, obstruem a boca insana e cheia de blasfêmias. Mas não teve tempo de soltar um segundo gemido sem antes ser penetrado pela minha espada atravessando-o de uma a outra cavidade, cai pesadamente, mostrando as coxas depiladas aparecendo sob o vestido rosa transparente, sua boca ensandecida ainda intenta uma praga mas eu a entupo com um poderoso chute no meio das mandíbulas.

    Viro rápido a tempo de desviar-me de um ataque covarde de Arlex,,,armado com seu tamanco feito de chifre, atacou-me impiedoso, livrando-me de sua intenção aplico uma rasteira e vejo seu corpo frágil e cabeçudo rolar pelas escadas abaixo. Caminho vagaroso em sua direção, lá está o galináceo escorneado,,,não passa de um incapaz, um fraco, quando diante de um adversário e não de uma sequencia ofensiva que lhe faz pertinente.

    Enfio, sem dó, minha espada nas suas carnes, seus olhos esbugalhados me lembra outro transvestido personagem, um tal de VouVoltaire,,,reconhecido pelas madeixas brancas encaracoladas num rosto feminino. Ouço passos, a cidade parece despertar diante dos uivos afeminados de meus adversários já envoltos em poças de sangue sobre o solo.

    Hora de escorregar pelo muro limpando minha espada nos panos finos que recobrem o corpo de Arlex, vou puxando o cavalo e procurando alguma fêmea perdida, de repente, como num sonho vejo seu vulto na sombra, ela é bela e possui musculosas coxas, adianto-me em seu encontro, enlaçando sua cintura com meu abraço elevando-a ao assento de meu cavalo.

    A minha missão se completa, não esqueci de pegar o que necessário fosse para que meu fim de noite fosse completo,,,,vinho, carne e mulher, além de um alforge carregado de outro para minha manutenção por um ano, aquele corpo para regozijar-me de prazer na noite que teima em seguir.

    Não, não é fácil SER Big John, esse exercício foi muito pequeno para preencher minha noite,,,esses dois adversários afeminados foram apenas um aperitivo do que poderia ter sido, entretanto, há algo melhor me esperando, e, na longa sombra da noite, haverei de curvar-me sobre aquele corpo jovem, nele me perdendo diante de tamanha volúpia.

    Nada há que se compare a aventura, ao prazer da batalha e ao prêmio de uma vitória.

    By Big John

Um comentário:

  1. Considerado que esse foi um esboço sem planejamento ou revisão, publicado diretamente, até que não ficou ruim se considerarmos os demais conteúdo e criatividade,,,,

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